Leves arabescos
tatuados
na correnteza do instante
avançam nas brumas
da urgência do tempo;
leves arabescos
nas veredas da existência,
raízes ávidas,
velando a face da noite
nos vestígios da ausência.
Leves arabescos
na aspereza dos penhascos
resvalam para os mares
em ritmo sincopado
à sombra de um gesto
nos lapsos
da tinta nas pontas dos dedos
como um polvo.
José Carlos Sant Anna,
julho de 2025
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