para Fernanda, aleatoriamente!
As inumeráveis águas para um café,
é o que ela me oferece. De bom grado,
me dobro ou curvo meu corpo
ante o convite; em seguida, sento-me
numa cadeira reclinável para sorver
o café sem pressa. É um culto.
Espero que meu impulso criador
dê o ar de sua graça sem nenhuma
especulação metafísica e deixo
que minha pulsação transcenda
o instante. A respiração é baixa,
ritmada; tateio as bordas
de cada palavra, de cada poema
ante as realidades essenciais,
que se esboçam. Sinto o calor do fogo
enquanto examino a relação
entre a xícara e os poetas que
ao mesmo tempo prendem a minha atenção.
Abrupto, me levanto, deito-me no chão
juncado de folhas do outono
e me abandono ao verbo.
José Carlos Sant Anna,
julho, 1, 2025
Pouco visitei os amigos esta semana e ficarei afastado por mais alguns dias. Não é outra paixão ou outro vício, risos.
ResponderExcluirRecupero-me de cirurgia de catarata. Por enquanto o olho esquerdo.
Um abraço para todos e votos de uma boa semana!
Boa noite de domingo, José Carlos!
ResponderExcluirA querida Fernanda merece todo carinho em forma de poema.
Bonito como nos coloca no deslumbramento da expectativa de ler a quem sabemos, de antemão, que saciará nossa sede poética.
Aplausos! Criou um cenário pefeito.
Tenha uma ótima recuperação da Cirurgia!
Abraços fraternos de paz