Foto do meu smartphone
Deve existir alguma sombra
nos espelhos partidos
talvez nunca se saiba
o porquê
ou não se queira sabê-lo
ou se fechem as cortinas
ao vago desejo e à luz efêmera
Na inquietação do silêncio,
no rumor do vento,
num acaso da rua
ou nos céus de chumbo
há qualquer coisa
além do peso no horizonte
que se agiganta à noite.
A mim, bastam as impressões do dia!
José Carlos Sant Anna,
29 de junho de 2025
Olá vim lá do blog da Daniela conhecer o seu.
ResponderExcluirA vida vive nesta dualidade de luz e sombras.
Um belo poema.
Continuação de uma boa semana.
janice.
Olá, José Carlos.
ResponderExcluirLi três vezes seu poema e não sei se consegui captar tudo o que ele quer dizer por trás das sombras em espelhos quebrados! Talvez eu nunca saiba...
abraços.
Eduardo,
Excluiràs vezes, a gente não vê nem o sol, nem o mar, ainda assim admiramos o dia. É sempre a soma de todas as leituras um texto. É isso que conta: sua leitura.
Um grande abraço,
Os ventos carregam segredos que a noite não revela.
ResponderExcluirEntretanto,( essa conjunção difícil de domar) flores se abrem, como se o mundo fosse justo. A mim, satisfaz apreciar sua bonita fotografia com sombras que teimam em dançar, nos cantos da alma.
Ler você é sempre como "tocar o amanhecer", mesmo que se agigante a noite. Com abraço .poeta.
_corrigindo ,quis dizer : ainda que a noite se agigante ...
ExcluirOutro abraço ,Sant'Anna.
Eros, teu poema me tocou de um jeito quieto. Tem algo de profundo nesse não saber, nesse quase querer entender e depois deixar pra lá. A imagem da sombra no espelho e do peso no horizonte ficou em mim. E esse final… tão bonito e sereno. Às vezes, as impressões do dia são mesmo tudo o que a gente precisa pra seguir.
ResponderExcluirLindo meu querido!
Com carinho
Nanda
Querido amigo,
ResponderExcluirQuero coemntar outra vez. Risos...
teu poema tem a espessura das coisas que nos escapam. Como se a sombra nos espelhos não quisesse ser decifrada, apenas sentida. Há uma beleza melancólica nesse “qualquer coisa além do peso”
algo que não se nomeia, mas insiste em ficar. E, ainda assim, tua última frase é um abrigo: a mim, bastam as impressões do dia. Talvez porque o dia, mesmo turvo, ainda nos concede um pouco de chão.
Com Carinho,
Nanda!
Pode vir, Nanda, quanta vezes você quiser, seus comentários são como os dias de chuva na primavera trazem sempre uma melodia ainda não ouvida e que cativa.
ExcluirAbraços, amiga!
Boa noite, José, vim através do blog da Olinda e gostei demais do que vi e li por aqui. As imagens que se deformam nos encontros das fissuras. Bem reflexivo. Muita luz e paz. Uma ótima noite.
ResponderExcluirExiste sempre qualquer coisa que não sabemos e talvez nunca saberemos. Por isso o silêncio nos inquieta e escolhemos a noite como um lugar de sobrevivência dos medos. E preferimos a claridade do dia com todas as impressões que soubemos guardar no coração.
ResponderExcluirAdorei o poema e a sua delicada fotografia.
Tudo de bom, meu Amigo José Carlos.
Um beijo.
ResponderExcluirBoa tarde JC
Um poema de atmosfera subtil e densidade emocional, onde a inquietação ecoa como um sussurro entre espelhos partidos e céus de chumbo.
A delicadeza com que transitas entre a sombra e a luz, entre o não dito e o pressentido, convida-nos a permanecer nesse limiar misterioso.
E que bela rendição no verso final, como quem decide viver do que sente, e não do que pesa.
E como eu sempre digo fechou o Poema com chave de ouro.
Deixo um abraço.
:)
Mais uma vez os meus parabéns por essas belas palavras!
ResponderExcluirBjxxx,
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A veces el espejo roto refleja la herida, el roto del alma....por eso pesa tanto
ResponderExcluirTus versos tienen la capacidad de ahondar en los sentimientos...gracias siempre poeta por tus versos
Un abrazo
Se não entendemos alguma coisa o melhor é não perdermos tempo e virarmos as costas para vermos o que temos pela frente...
ResponderExcluirMagnífico poema.
Boa semana caro amigo.
Um abraço.
Ah, que beleza sutil há nesses versos!
ResponderExcluirSenti-me caminhando por dentro de um espelho embaçado, onde cada fragmento reflete um mistério — e talvez seja melhor assim, que não se saiba tudo.
Essa imagem da noite que agiganta o peso no horizonte... tocou fundo.
E essa última linha? Tão simples e tão sábia.
Sim, às vezes, bastam mesmo as impressões do dia.
Esse poema que deixa ecos suaves no pensamento.
ABRAÇOS, MEU QUERIDO AMIGO.
Maravilha, querido amigo, prefiro a simplicidade e
ResponderExcluira clareza dos dias, a noite pode ser bonita, mas tem
seus mistérios que nem sempre são claros, há que
decifrá-los.
Belo poema desse criativo e excelente poeta
José Carlos Sant Anna!
Bjs, amigo, muita paz e saúde!
Encantou-me esse foco de luz e sombra. Um momento feliz na apreensão desse quase milagre, efémero, se não tivesse captado a sua atenção. À noite isso não teria sido possível, dando-lhe razão quando diz que lhe "bastam as impressões do dia".
ResponderExcluirBeijinhos, José Carlos.
Olinda
Grande son tus versos, brillan por si solos, ¿sabes? me emocionan
ResponderExcluirUn fuerte abrazo y gracias por tu paso por mi blog
Es muy bonito lo que ha captado tu teléfono, una imagen que muestra la flor y los contrastes de claro y oscuro, luces y sombras.
ResponderExcluirCada uno desde nuestra mirada captamos las imágenes y las palabras, según nos lleguen, y en tus versos hay algo más que tus obsevaciones.
El reflejo del día y de la noche, la quietud y el silencio, nos volvemos frágiles en la noche por los misterios de la oscuridad, y el día parece que se vuelve cálido. Todo puede observarse a través del prisma de la vida..
Una gozada disfrutar de tus entradas, Eros.
Besos
Como seria a vida se soubéssemos todas as respostas!
ResponderExcluirNa simplicidade das coisas, bastam como tão bem diz as impressões do dia!
Gostei desta luz e sombra que nos enche suavemente.
Abraço e brisas doces***
Esqueci de dizer que acho a fotografia, lindíssima.****
ResponderExcluir]
ResponderExcluirA noite e seus mistérios, embora eu ame a noite, amei a sutileza dos seus belos e reflexivos versos!....
além do peso no horizonte
que se agiganta à noite.Perfeito
beijos e doces sonhos
tudo